9º Passo – Orar e Vigiar
A Palavra de Deus nos convida a ficarmos sempre alegres no Senhor. É
da comunhão com Cristo que brota a profunda alegria, a qual se expande na
comunidade e se traduz em atitudes. Ao dizer: “o Senhor está próximo”, Paulo
sugere a iminência da parusia, como um motivo a mais de alegria. A angústia, a
dúvida, o medo e a ansiedade não nos devem inquietar. Se nos mantivermos em
oração, súplica e ação de graças, a paz de Deus guardará em Jesus Cristo
nossos corações e pensamentos.
O Senhor não precisa ser lembrado de nossas carências, mas nós
precisamos estar preparados para acolher dignamente sua graça. E fazemos isso
através da oração. Ela alarga em nós o recipiente da graça e nos inunda de
alegria.
Orar é estar aberto e deixar-se tocar pela Palavra de Deus, que é eficaz e
produz os efeitos que expressa. Ela é um convite à mudança de vida. Ouvi-la
com fé e ocupar-se “com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável,
honroso, virtuoso”, é garantir que o Deus da paz estará conosco.
Minha oração não precisa ser piedosa, mas tem de ser verdadeira: devo
manifestar a Deus minha realidade e abrir as instâncias do meu ser, para que Ele
entre, habite e ilumine a morada da minha vida. Orar dessa forma é jogar luz nas
feridas, sem abri-las. É permitir que o amor curativo toque e perpasse minhas
mágoas. É receber paz e tranquilidade interior. É sentir-me são e salvo, apesar
das minhas feridas.
A vigilância me mantém alerta nas tribulações e me ajuda a discernir as
manifestações de Deus, na Palavra, nos acontecimentos ou nas relações
pessoais. Vigiar é olhar para mim mesmo, ver meus erros, admiti-los, corrigi-los e
repará-los, para manter a sobriedade. É examinar, a cada dia, minhas forças e
fraquezas, motivações e atitudes.
“Vigiai e Orai, para não cairdes em tentação!”