5º Passo – Confessar
Depois de sucessivas infidelidades do povo à aliança bilateral do Sinai, Jeremias profetizou uma nova aliança, baseada em “promessas” unilaterais de Javé: perdão dos pecados, interiorização da lei e “conhecimento de Deus” assegurado a todos. A partir de então, deixaria de valer o estatuto da tenda, pelo qual apenas o sumo sacerdote tinha acesso ao camarim do templo ou Santo dos Santos.
Essa profecia se realizou na morte de Jesus, quando “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”, e todos, gratuitamente, passaram a ter acesso a Deus, ao seu perdão e à sua graça. “Todos me conhecerão, desde o menor até o maior; porque eu vou perdoar as faltas deles e não me lembrarei mais de seus pecados” (Hb 8,11b-12).
A libertação da culpa, a salvação, deixou de ser uma ideia remota de perfeição, para se tornar uma pessoa: Jesus Cristo. Sua absolvição veio curar-nos do remorso e do desespero. Depois que Pedro o havia negado três vezes, Jesus lhe deu a oportunidade do perdão e da paz, com uma simples pergunta: “Tu me amas?” (Jo 21:15).
Para encontrar paz interior, também eu preciso responder positivamente a essa pergunta. Se amo Jesus, sei que posso voltar, sempre que preciso de sua misericórdia. Arrependido, humilde e confiante no perdão, posso abrir o coração para a graça: Pai, pequei contra Deus e contra ti (Lc 15,18b). Confesso, então, minhas fraquezas, vícios e pecados, propondo-me a mudar de vida e a perdoar aos outros.
Confissão é sacramento de perdão, cura e libertação. É uma experiência do sagrado, que derruba o muro entre mim e Deus. Jesus me perdoa, acariciando as feridas dos meus pecados. Através da Confissão, me reconcilio com o divino e com a Igreja. Recuperada a união com Deus e com os irmãos, minha vida adquire dimensão litúrgica.
Só por hoje, na graça de Deus, Sobriedade e Paz!