11º Passo – Celebrar
Na última ceia, Jesus substituiu os antigos sacrifícios pela Eucaristia e a colocou no centro vital da Igreja, comunidade daqueles que o seguem. Seus gestos e palavras expressaram o sentido de sua vida e de sua morte: viveu como dom gratuito e morreu como quem se doa por inteiro aos seus amigos.
Celebrar é realizar na Eucaristia a comunhão com Cristo e com os irmãos. É buscar nesse alimento a força para viver em sobriedade, no convívio fraterno e na partilha dos bens espirituais e materiais. A Eucaristia cria vínculos na comunidade e “faz” a Igreja, transformando-a em Cristo. Após partir o pão e dar-lhes de comer o seu corpo, Jesus ordenou: Fazei isto em memória de mim. Também os discípulos deviam oferecer o seu corpo em sacrifício: pois eu lhes dei o exemplo, para que façam como eu fiz.
Ao instituir a Eucaristia, Jesus nos deixou o dom de sua vida, desde a encarnação até a cruz: silêncio, palavras, suores, fadigas, orações, lutas, humilhações… Ao Celebrar a Eucaristia, precisamos, também nós, oferecer nosso “corpo” com tudo o que constitui a vida corporal: tempo, saúde, energia, capacidades, aptidões e afeições; e oferecer nosso “sangue”, com tudo o que ele significa: os sofrimentos, as passividades, as mortificações, a morte, a luta contra os vícios, dependências e pecados.
Devo sair da celebração eucarística com a vontade sincera de realizar o que disse, colocando a serviço do Pai e dos irmãos o que sou e o que tenho, nada retendo como exclusivamente para mim. Agindo assim, ainda que minha vida continue sendo triturada por inúmeras atividades, ela se torna uma eucaristia com Cristo. Todo o meu dia se torna uma eucaristia, porque respondo à oferta de Cristo com a oferta de mim mesmo.
No altar, há dois corpos: o corpo real de Cristo e o seu corpo místico, a Igreja. Oferecendo também eu o meu corpo, posso dizer, com São Paulo: vou completando na minha vida mortal o que falta aos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1,24).
Sobriedade e Paz, só por hoje graças a Deus!