4º Passo – Arrepender-se
A parábola do Pai Misericordioso nos coloca diante da questão do livre-arbítrio. Deus nos criou livres e respeita nossas decisões. Somos responsáveis pelo que escolhemos. Nossas escolhas, porém, às vezes nos afastam da casa do Pai e nos levam a viver num país distante, onde esbanjamos nossos dons, a herança que recebemos.
Enquanto sofria as consequências de sua má escolha, algo misterioso aconteceu no filho pródigo: entrou em si, descobriu a transcendência e compreendeu que era filho de um pai amoroso. Então, Arrependeu-se do seu pecado contra o pai e contra Deus. E considerou justo atribuir a si a pena de perder os direitos de filho. Decidiu regressar à casa do pai, pondo-se a caminho e dando início à sua conversão e à sua redenção.
Estava ainda longe, quando “O pai o avistou e teve compaixão”. O pai acolheu-o incondicionalmente e o perdoou. Com muito júbilo e pressa, esse pai preparou uma grande celebração, com abraços, beijos, linda túnica, anel e sandálias novas. Na verdade, um banquete festivo, com música e dança. Afinal, o filho que havia voltado para a casa do pai precisava integrar-se novamente na família e na comunidade.
A dependência, o vício e o pecado também me afastam de Deus. Mas a justiça dele é diferente da minha: Ele aguarda meu retorno cheio de misericórdia. Como diz o Papa Francisco, “misericórdia é a atitude divina que abraça”. Deus perdoa “com um gesto de carinho”. Só espera o meu arrependimento, para me abraçar com ternura. “A fragilidade dos tempos em que vivemos é acreditar que não existe a possibilidade de redenção”.
Arrependimento é me colocar diante de Deus, que é o meu tudo; e apresentar-lhe a mim mesmo, o meu nada, minhas misérias, meus pecados. É reconhecer o amor do Pai e ter a coragem de voltar para ele. É refazer a fé e a esperança. É comprometer-me a ser sóbrio e seguir o Programa de Vida Nova.
Só por hoje, na graça de Deus, Sobriedade e Paz!