9º Passo – Orar e Vigiar
A oração autêntica nasce de nossos medos, preocupações, angústias, feridas; e também nasce de nossas alegrias. Através da oração, dialogamos com Deus sobre a vida, sobre tudo aquilo que nos acontece. Desse diálogo sincero resultam paz, orientação e força, para não sucumbirmos às provas com que nos defrontamos.
Na Última Ceia, Jesus fez as últimas revelações aos discípulos e despediu-se deles. Depois, dirigiu-se ao Monte das Oliveiras. Na iminência de enfrentar o sofrimento, a morte, o abandono, a traição de um e a negação de outro, Jesus sentiu profunda angústia e solidão. Então, tomou a companhia de Pedro, Tiago e João, para Orar e Vigiar. Orou a partir do que sentia naquele momento: Minha alma está numa tristeza de morte. E pediu aos discípulos: Vigiem e rezem, para não caírem na tentação.
Diante do Pai, Jesus abriu o coração. Não escondeu o medo, a tristeza, o desejo de que o cálice fosse afastado. Escreve São Paulo que Jesus “dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que tinha poder de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua piedosa submissão” (Hb 5,7). Através da oração, Jesus recebe o conforto necessário, para enfrentar a provação e vencer o adversário de Deus. Pela entrega plena e confiante à vontade do Pai, Jesus triunfa sobre a tentação.
Minha oração é autêntica? Por meio dela, consigo melhorar minha maneira de agir, meu modo de viver e de me relacionar com Deus e com o próximo? Ela me torna mais humano? Sou vigilante, a ponto de me manter consciente de minhas forças e fraquezas, motivações e atitudes? Sigo a prática de Jesus, de Orar e Vigiar, nos momentos de angústia e provação? Para me tornar forte na tentação e evitar recaídas, só por hoje, eu rezo: Pai, afasta de mim tudo o que me torna menos sóbrio.
Só por hoje, na graça de Deus, sobriedade e Paz!